Fumaça-neblina, inversão térmica e névoa seca


A partir do final do século XVIII, o carvão, cuja combustão gera grandes quantidades de gases poluentes, passa a ser intensivamente usado para fins industriais e domésticos. Num momento posterior, a utilização de combustíveis derivados do petróleo passa a contribuir para essa emissão de gases poluentes. Assim, começaram a surgir os primeiros sinais de poluição atmosférica até então quase que desconhecidos pela humanidade. Na Europa em meados do século passado, ocorreram combinações de fumaça (smoke) e neblina (fog) que fizeram dias virarem noites, por não permitirem que a luz do sol iluminasse algumas grandes cidades. Esse fenômeno foi denominado smog.

Entenda melhor esse fenômeno acompanhando o vídeo abaixo:


Esse vídeo é bem bacana, o professor além de explicar o que é o smog, ainda resolve algumas questões que cairam nos vestibulares sobre o assunto.

Como citado no vídeo, o smog tem trazido sérios problemas às grandes cidades. Em Los Angeles, em 1942, causou graves complicações respiratórias aos habitantes e matou grande parte da vegetação de jardins. Em Londres, em 1952, levou mais de 8 mil pessoas a hospitais e postos de saúde. Às vésperas das olimpíadas de 2008, em Pequim tiveram que tomar um conjunto de medidas para combater o nevoeiro de poluição que ensombraria a capital chinesa. O smog fica pior na época do inverno, em virtude da inversão térmica.

A foto mostra smog de 1952, em Londres. Muitas das vezes, o smog é tão forte que os carros precisam circular com os faróis acesos durante o dia. Dá para imaginar o que isso pode causar à nossa sáude!

Além do vídeo do professor sobre o smog, acima, confira a animação e reflita sobre o assunto e aproveite o nosso bom ar!


No fenômeno da inversão térmica, a cidade fica encoberta por gases tóxicos aprisionados pelo smog.
Cidade de São Paulo: http://csm7anod.pbworks.com/f/1291672366/ibagem.jpg

Quem mora em São Paulo, já deve ter se deparado com o fenômeno da inversão térmica. Esse fenômeno pode ser explicado pelo esquema abaixo.

Ilustração: Victor Malta
Na inversão térmica, a formação do smog impede a penetração da radiação solar que aqueceria o ar frio e retém os gases poluentes. Na região da inversão térmica, ao invés de o ar quente ficar embaixo e o ar frio ficar em cima como ocorre em dias normais, o ar frio fica abaixo do smog e o quente acima.
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/geografia/pratica-pedagogica/inversao-termica-568104.shtml

E assista ao vídeo abaixo para entendê-lo melhor:



A névoa seca é um outro fenômeno associado com a poluição, comum no Sul e Centro-Oeste do Brasil e da América do Sul, sobre o Oceano Atlântico e mesmo em certas regiões da África, nos meses de inverno (principalmente em agosto). Notícias como mostrado abaixo, são muito frequentes:


Névoa seca na cidade de Corumbá.
Quando ela ocorre, a atmosfera fica com um espesso nevoeiro que não contém aerossóis (denominação química para pequenas partículas líquidas ou gasosas, dispersas num meio gasoso). Por não conter partículas líquidas, esse tipo de nevoeiro é chamado névoa seca. Como a névoa seca coincide com a época de queimada de pastagens e campos, supõe-se que ela provenha da presença de material particulado, composto de sólidos ou líquidos dispersos em gases, que ficam suspensos no ar. Com a chegada das chuvas em setembro, a névoa seca desaparece, o céu readquire o tom azul e a visibilidade normaliza-se.

Veja como fica a aparência do céu com névoa seca:



Fonte:
Química cidadã: materiais, substâncias, constituintes, química ambiental e suas implicações sociais, volume 1: ensino médio / Wildson Luiz Pereira dos Santos, Gerson de Souza Mól, (coords.). - 1. ed. - São Paulo: Nova Geração, 2010. - (Coleção química para a nova geração)

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